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Artigos de inspiração

Você Tem Espírito Empreendedor?

Gladis Costa

Várias pesquisas têm apontado que as mulheres estão empreendendo muito - mais que os homens. Cada vez mais, mulheres estão gerenciando seus próprios negócios, cuidando de suas franquias, abrindo suas lojas, sendo donas de seu tempo, recursos, investimentos, enfim, cuidando do que é seu. A taxa de empreendedorismo feminino só cresce, mas de que forma? Será que a mulher está ganhando dinheiro? Ou será que está ganhando como deveria? A questão é relevante se pensarmos que pela primeira vez no Brasil, as mulheres estão empreendendo mais do que os homens, isto é um fato.

O problema é que normalmente, a ideia que sai do papel não tem muita base de informação, ou seja, é sabido que o empreendedorismo é um colchão do desemprego – muitas vezes as pessoas começam um negócio porque precisam de um salário para viver – e é aí que o problema reside – não há planejamento, não existe um business plan bem feito para esta iniciativa. A coisa se dá de forma intuitiva – às vezes um hobby que se transforma num trabalho full time, mas sem muita pesquisa, sem análise de ambiente, mercado, concorrência, pontos fortes ou fracos – pode até dar certo, mas na maioria das vezes falha.

Normalmente o que diferencia um serviço de outro – é, além do nível de qualidade, seu grau de inovação, preencher uma necessidade de mercado que não está sendo atendida, buscar um novo mercado para um produto ou oferecer este produto de uma maneira inovadora. Estamos falando de diferenciação – o “meu” produto é melhor que o seu por várias razões. Isto é empreender e bem. Criar algo novo, diferente, com qualidade, que traga conveniência para o cliente, que o atenda de forma personalizada.

Quando se empreende por necessidade – não por oportunidade, as coisas acontecem de forma aleatória, não existe um plano de contingência, uma reserva financeira e não existe um fator que diferencie o empreendedor dos milhões de micro-empresários que atuam no mesmo segmento.

E é aí que muitos empreendedores – homens e mulheres - sucumbem. Porque vamos trabalhar no que nos traz conforto e nem sempre este conforto vai envolver pesquisa, busca de novas tecnologias ou inovações que podem custar caro e necessariamente não trarão o tão esperado retorno – principalmente quando o investimento é baixo - e normalmente é.

Pesquisas também apontam que muitas vezes o investimento é feito utilizando o limite do cheque especial – com taxas altíssimas que muitas vezes inviabiliza o negócio. São atividades que envolvem planos de curto prazo – apenas a sobrevivência até o final do mês e não agrega nova ou qualificada mão de obra, também um fator que acaba alterando o aspecto profissional do trabalho - é uma gestão familiar – o marido, a irmã, a mulher, os filhos, o pai - não que isto não possa acontecer, mas mesmo grandes empresas geridas pela família passam por análises e consultorias, para que tudo corra bem. Não é uma gestão profissional com todos os aspectos que o assunto requer: motivação, inspiração, liderança, questões salariais, benefícios.

Enfim, não querendo ser pessimista, mas apenas refletindo sobre a realidade, empreender não é para qualquer um – envolve riscos, que nem todos estamos prontos ou gostamos de correr, envolve disciplina, auto-gestão, um capital de giro que possa sobreviver a longos períodos sem lucro e uma gerenciada dose de expectativa, porque os negócios podem não ir tão bem como pareciam nos catálogos ou naquela pousada que lota durante o verão, mas que sofre pela falta de turistas no resto do ano.

Empreendedores que iniciam suas atividades movidos por uma oportunidade, com planos e metas pré-estabelecidas se dão muito melhor do que aqueles que iniciam por uma necessidade. Sem plano não há negócio, ou melhor dizendo, todo negócio precisa de um bom plano. E isto é só o começo! Bons negócios!

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Por Que Precisamos Falar Inglês?

Gladis Costa

Todo mundo faz planos para fazer aquele curso de Inglês definitivo. Já faz parte do calendário oficial de metas para o Ano Novo como começar uma dieta ou fazer uma Pós. Infelizmente, como outros planos, este pode não sair do papel. Quem sabe, após o Carnaval, quando oficialmente começa o ano?

Não entendo como pessoas que curtem música americana, filmes, seriados da TV, moda e tantas outras coisas da terra do Tio Sam (*), não gostam do idioma. Não existe uma área do conhecimento que não tenha uma fração de inglês. Pesquisas, sites interessantes, turismo, músicas, vagas, aplicativos, compras, tudo demanda um grau de conhecimento do idioma. Além do mais, você precisa saber o que sua banda preferida toca, o que está escrito naquela camiseta que você ganhou ou o que seu amigo lá do outro lado escreveu para você.

Não gostar de Inglês não quer dizer que você não consiga aprender (ou não precise). Como professora da língua durante muitos anos, penso que tem mais a ver com timidez, medo de falar em público e errar do que pelo idioma em si, que - aqui entre nós - é muito mais fácil do que o Português! A gente tende a não gostar do que não conhece e então criamos uma barreira interna que precisa ser eliminada, até porque às vezes ela nem existe, de fato.

Além do mais, dizer que estudar Inglês é caro não cola, afinal a Internet é uma super fonte de informação, cursos, uma universidade online, for free – grátis, com correção dos exercícios e áudio para você aprender a falar direitinho. Claro, o presencial é importante, mas vamos lá, quem passa horas no Facebook postando fotos do prato predileto, do seu passeio maravilhoso na praia ou do seu cachorrinho fofo, deveria usar a rede para um propósito mais didático e produtivo, porque tempo já vimos que você tem.

Olha a boa notícia: quem sabe inglês ganha mais! As pesquisas falam entre 20 e 28%. Não é um super incentivo? E tem mais: às vezes as empresas pedem Inglês apenas porque quando abrem uma vaga aparecem tantos candidatos, mas tantos, que a exigência do idioma acaba criando uma “seleção natural”, nem todo mundo pode se candidatar - é um diferencial competitivo, assim como uma faculdade bem colocada no ranking, um intercâmbio, experiência anterior, é análise de currículo sim e todos já passamos por isto! A empresa quer o melhor candidato mesmo porque se ela não usa Inglês no momento, pode vir a utilizar um dia – a empresa está pensando no futuro dela. Você está pensando no seu?

Não saber Inglês não é mais uma opção. É um must – tem que ter. Por favor, estude Inglês and be happy!

(*) Tio Sam é a personificação nacional dos Estados Unidos e um dos símbolos mais famosos do mundo. A imagem do Tio Sam foi desenhada em 1852. Reza a lenda que o Tio Sam foi criado por soldados americanos que recebiam barris de carne com as iniciais U.S. (de United States) estampadas. Os soldados diziam que as iniciais significariam Uncle Sam ("Tio Sam"), uma referência ao dono da companhia fornecedora da carne, Samuel Wilson. Em 1917, o Tio Sam passou a ter o dedo em riste e foi acrescentada a seguinte frase: “I Want You”, em português, “Eu quero você”. Essa modificação teve o objetivo de atrair soldados para a Primeira Guerra Mundial.

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Gladis Costa
Gladis Costa

Sobre a autora

Gladis Costa

atua há mais de 25 anos na área de Marketing e Comunicação Corporativa. É gerente de Marketing da PTC para a América Latina desde 2009. É formada em Letras, com pós-graduação em Jornalismo, Comunicação Social e especialização em Tecnologia e Negócios pela PUC-SP. Em 2005 lançou seu primeiro livro de crônicas, "O Homem que Entendia as Mulheres". Em março de 2009 criou o grupo "Mulheres de Negócios", maior rede feminina de negócios do portal LinkedIn, com mais de 5300 profissionais cadastrados. Regularmente publica artigos sobre usuários, serviços, varejo, carreira e cultura em diversos portais. Apresenta palestras sobre temas como consumo, marketing e comportamento e tópicos ligados ao mundo corporativo e empreendedor.